Napoleão Bonaparte
Antes das Invasões:
Anos antes destas invasões, em 1973, corsários franceses começam a atacar navios portugueses. A Espanha alia-se a Portugal e invadem França. Em 1975 acaba a guerra sem vencedores e, traiçoeira e secretamente, a Espanha alia-se aos franceses negociando uma invasão conjunta a Portugal com vista a uma sua partilha. A Espanha, agora aliada da França, declara guerra a Portugal em 27 de Fevereiro de 1801. Em Maio, cerca de 40000 espanhóis comandados por Manuel Godoy, favorito da rainha de Espanha, ajudados por cerca de 15000 francesas sob o comando de Leclerc invadem Portugal iniciando a "Guerra das Laranjas". Não tendo o sucesso militar sido tão estrondoso como o desejado apesar de terem vencido todos os recontros com um desmoralizado exército português, e conquistado parte do Alto Alentejo incluindo Olivença, as tropas espanholas retiram de Portugal depois de elaborarem um tratado de paz em 6 de Junho chamado Tratado de Badajoz, obrigando Portugal a pagar uma elevada indemnização de guerra, e a entregar Olivença à Espanha.
Datas:
A 1ºInvasão foi em 1807, tendo como chefe Junot, a 2ºInvasão foi passado dois ano isto é, 1809 chefiada por Soult e a 3ºInvasão Francesa foi em 1810, passado nada menos do que um ano, que como chefe teve Masséna.
Junot
Em Novembro de 1807 deu-se a 1ºInvasão, um exército Francês comandado por Junot que, incluindo soldados espanhóis, entra em Portugal pela Beira Baixa, caminhando por terras da margem norte do rio Tejo. O exército português muito enfraquecido, não estava em condições de se opor a um adversário com a fama de invencível, pelo que o regente D. João decidiu transferir a corte para o Brasil, aconselhando que não se resistisse aos invasores. Em Portugal deixa uma junta, ou regência, de cinco membros e dois secretários, presidida pelo marquês de Abrantes. Os invasores ocupam Lisboa e Junot, exonerando a junta, proclama-se governador de Portugal e dissolve parte do exército português transformando-o na Legião Portuguesa que seria usada em Espanha, França e noutras zonas da Europa lutando por Napoleão.
Soult
Em Fevereiro de 1809 dá-se a 2ºInvasão sob o comando do marechal Soult. Os Franceses entram em Portugal por Chaves, Trás-os-Montes, avançando até ao Douro. Os habitantes do Porto fogem utilizando uma ponte de barcas, que ligava o Porto à actual Vila Nova de Gaia. A ponte cede e centenas de populares morrem afogados que ficou chamada Tragédia da Ponte das Barcas, mas, mais uma vez, as tropas anglolusas vencem os Franceses, obrigando-os a retirar em Maio de 1809.
Massena
Em Julho de 1810, dá-se a 3ºInvasão, com o invencível marechal francês Masséna comandando um exército que entra pela Beira Alta, ocupando Almeida, Mangualde e Vizeu, mas são parados pelas forças anglolusas em Buçaco. Em vez de se retirar, Masséna decide mudar de trajecto e invadir Lisboa via Coimbra, mas é novamente parado nas linhas fortificadas de Torres Vedras, a mais exterior das três linhas fortificadas que protegiam Lisboa. Bate em retirada, sempre perseguido pelas nossas tropas. Em Espanha, o exército Espanhol muda de ideias e junta-se aos Portugueses e Ingleses escorraçando os Franceses para o interior de França onde se travaram as batalhas de Tolosa e Bordéus. Os Franceses desistem de Portugal, de vez, assinando um acordo de paz, o tratado de Paris.Esta campanha Francesa, que terminou apenas em 1814, ficou conhecida como a Guerra Peninsular, por ter unido a Península Ibérica contra os Franceses. Em 1814/1815, realiza-se o congresso de Viena no qual Olivença, que tinha sido ocupada pelos Espanhóis, é restituído aos Portugueses, facto que a Espanha não aceitou, nem consumou, até hoje.
Em todas as Invasões o coordenador foi o mesmo Napoleão Bonaparte ou em frânces Napoléon Bonaparte, que nasce com o nome de Napoleone di Buonaparte, que nasceu em Ajaccio, Córsega, 15 de Agosto de 1769, e que morreu em Santa Helena, 5 de Maio de 1821
Apôs as Invasões:
As invasões Francesas causaram enormes prejuízos a Portugal, em todos os quadrantes da sua vida, incluindo o roubo de valiosos tesouros e de obras de arte, destruição de monumentos, assassinatos, etc, e contribuíram para a difusão de ideias liberais, que iriam alterar profundamente o pensamento social e político dos portugueses.Em 1817 há uma tentativa de revolta liberal que é dominada e em que o general Gomes Freire de Andrade, acusado de ser o cabecilha da revolta, é executado junto à Fortaleza de S. Julião da Barra. Em 24 de Agosto de 1820, aproveitando a ausência de Beresford no Brasil, dá-se outra revolução no Porto que, saindo vitoriosa, acaba com a interferência política inglesa, põe termo à monarquia absoluta, e reclama o regresso de D. João VI.